“Nós, os excessivos transmontanos, nascemos excessivamente longe. Um rio e uma cadeia montanhosa separam a nossa terra do resto de Portugal. E nós somos esse rio, feito de mil rios e riachos, e essa montanha, feita de mil serras e colinas. Basta ter olhos para ver. O rio: a água rumorosa e ágil. A montanha: a pedra estável e grave. A água- aventureira. A pedra-taciturna. Água e pedra. Nós: os andarilhos das sete partidas e os obstinados prisioneiros da gleba.”
(A.M. Pires Cabral)